sábado, 24 de setembro de 2011

VOU TESTEMUNHAR

Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu tiver existência.


O meu maior prazer é cantar louvores ao Senhor, é como bálsamo para a minha alma em meio às adversidades da vida. É inexplicável e intransferível a experiência vivida ao apresentar o sincero louvor a Deus. Tenho muitas razões para exaltar e glorificar o nome do nosso Deus, desde a contemplação da sua gloriosa criação, às dádivas recebidas de suas mãos, sendo a maior de todas, a salvação por meio de Cristo Jesus. Esta, ele já havia preparado para mim desde a fundação do mundo. (Efésios 1:3-5)

Por isso, “enquanto eu viver vou testemunhar do amor/ Que minha vida seja prova da existência do Senhor”. Linda canção na voz de Sonete.


sábado, 10 de setembro de 2011

Escola de Cristo e a escola dos homens



 Hoje, fala-se na educação moderna, discutem-se leis e métodos que poderiam socorrer os "cansados e oprimidos" da escola dos homens, todavia, os especialistas da educação se esqueceram  de estudar e analisar a estrutura e o funcionamento da escola que Jesus propõe à humanidade. O Serviço de Orientação Educacional tem funcionado, na maioria das escolas, como delegacia de polícia, para onde são encaminhadas crianças com problema; depois, por falta de pedagogia, são transferidas, expulsas, discriminadas, reprovadas e registradas no rol da evasão. Cristo fez tudo diferente. Certa vez, o Mestre estava na Galiléia e as crianças, como sempre o rodearam, porém, os discípulos (agentes de disciplina) ficaram preocupados e começaram e levá-las para longe. Só que foram severamente advertidos: "Deixai vir a mim as crianças" (Lc. 18:16). O conselho de classe  geralmente consiste no encontro periódico do corpo docente para "avaliar" o desempenho dos alunos na aprendizagem. É um julgamento apressado. O aluno é culpado por todo tipo de fracasso. Só ele falhou, só ele mora longe, mal educado, não se interessou e não aprendeu. Sob a batuta de "especialistas", vem o resultado, ano após ano: reprovação em massa. O réu é condenado e, se algum professor "bonzinho" erguer sua voz em defesa, quase é massacrado: - Assim a educação não vai pra frente! - Você vai aprovar todo mundo? Cristo fez diferente. Um dia, Ele estava no templo, ensinando, quando "professores, escribas e fariseus" lhe trouxeram uma aluna que havia cometido uma falta grave. Já haviam realizado o conselho de classe entre eles e resolveram reprová-la. Uns citavam artigos da Lei de Moisés (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), outros alegavam seu comportamento, porém queriam ouvir a palavra final do Mestre. Perplexos, viram quando Ele se dirigiu não a eles, mas a ela: "Vai e não peques mais" (Jo. 8:11). Jesus criou o conselho de classe para avaliar o processo educacional, onde destaca, sobretudo, o professor. Isto ficou muito claro, principalmente, no dia em que se colocou no meio de seus discípulos e perguntou: "E vós quem dizeis que eu sou?" Estava criada a auto avaliação. Nem seria preciso dizer, mas a gente diz que o sistema de recuperação que se implanta por aí não recupera. Na Escola de Cristo é diferente. O aluno Pedro estava em recuperação e o Mestre preparou um teste oral, com apenas três perguntas: - Pedro, amas-me? - Senhor, tu sabes que te amo. - Pedro, amas-me? - Senhor, tu sabes que te amo. - Pedro, amas-me? - Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Foi uma prova duríssima, mas Pedro foi aprovado e ainda levou o dever de casa: "Apascenta minhas ovelhas" (Jo. 21:16). Jesus criou a recuperação para recuperar o aluno e não a nota. O aluno recuperado recupera a nota! Os estudantes da Escola Profissionalizante de Cristo saem habilitados como "pescadores de homens". Líderes para atuar em todas as Eras. O problema da evasão é tratado com muita firmeza: "Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, perdendo uma delas, não deixa noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida, até que a encontre?" (Lc.15:4). Jesus orava preocupado com a estatística de um aluno perdido na turma de 100. E nós? De cada 100 alunos matriculados na 1ª série do Ensino Fundamental, somente oito chegam ao Ensino Médio. Jesus se mostrou preocupado não só com alunos perdidos, que abandonam a escola, ao contar a parábola dos que se perdem dentro da escola: "varrer a casa, buscando-o até encontrá-lo" (Lc. 19:5). Quem fundou a obra educacional de recuperação dos meninos de rua foi Jesus (Mc. 9:42). Ele criou também o Centro de Estudos Supletivos. Havia aulas durante todos os dias da semana: manhã, tarde e à noite. Zaqueu, chefe dos publicanos, cobrador desonesto de impostos, fez sua matrícula de cima da árvore e começou a estudar, naquele mesmo dia, em casa (Lc. 19:5). Nicodemos, príncipe dos judeus, preferiu estudar à noite, levando no caderno de anotações as suas dúvidas. Após a primeira aula, levou a resposta de tudo e uma advertência: "Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?" Na Escola de Cristo, estudavam ricos e pobres. Quando fundou a Educação Especial, após a aula, curou a todos. Não temos esse poder, todavia, temos o dever de respeitar os deficientes físicos e também a obrigação constitucional de fazê-los parte integrada do sistema educacional (Mt. 15:31-32). Estava criada a educação inclusiva. E a merenda escolar?  Basta ler a narração bíblica da multiplicação dos pães para responder a pergunta. Todas as vezes que o Mestre ministrava suas aulas, ele mesmo providenciava a merenda (Mt. 14:17; Mt. 15:36; Lc. 15:32). Jesus sempre trabalhou em equipe, não fazia o que os discípulos podiam fazer. Em Betânia,  choravam pela morte de Lázaro e ele mesmo chorou, quando chegou à cidade. Seguido por grande multidão (suas turmas eram enormes), foi visitar o túmulo, mas uma pedra o impedia de ver o aluno-defunto. Com seu poder, bastava ordenar e a pedra se tornaria pó. Não. Preferiu trabalhar em equipe: "Tirai a pedra" (Jo 11:39).Jesus sempre fazia a chamada. Dentro do cemitério, se não fosse feita a chamada nominal do aluno Lázaro, seria uma ressurreição em massa: Quem deveria “sair para fora?” Sairiam todos! Na prova final de Pedro, Jesus lhe deu "cola" para repor a peça.  O aluno errou a última questão: cortou a orelha do centurião romano. Não foi reprovado nem ficou em recuperação. Continuou na Escola, porque o Mestre sabe que o erro é pedagógico. Quem foi que criou módulos para o ensino à distância? E os módulos foram escritos pelos próprios alunos, Mateus, Marcos, Lucas e João, observando o universo vocabular... O alunos da Escola de Cristo são tratados com justiça e igualdade. Judas que tanto lhe perturbou o magistério não foi expulso nem transferido: estudou na sua escola até o fim. Cristo implantou a inclusão digital: "Pedro, tudo o que ligares na Terra será ligado no céu." Providenciou a globalização do ensino: "Ide por todo o mundo"... para que os homens se religassem na Internet divina e navegassem na mídia celestial: fé@graça.comJesus A palavra rede(web) “hoje” é ultra moderna, todavia, Jesus a usou como palavra chave na Sua Escola e deu aula aos discípulos de web: “Lança a rede para o lado de lá”. Ou seja, para o lado do Bem. Ao criar seu twiter, olhou para Pedro e disse-lhe: segue-me. Hoje o Mestre tem milhões de seguidores ao redor do mundo.
Ivone Boechat Extraído do livro Escola Comunitária-4°.edição
Publicação: www.paralerepensar.com.br - 09/03/2007

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

AFETO: INGREDIENTE NECESSÁRIO À EDUCAÇÃO

“Não sei...
Se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa do outro mundo,
É o que dá sentido à vida
É o que faz com que ela não seja
nem curta, nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar.”

(Cora Coralina)
Como falar em afeto num mundo capitalista e individualista? Andamos tão apressados buscando cada vez mais o “ter” e descartando o “ser”, que já não temos mais tempo nem de tocar o outro. Um toque na mão, no ombro, no rosto...Se tudo isso que é tão simples e nada custa, tem se tornado algo quase impossível, imagine tocar o coração do outro. Cora Coralina de maneira sábia traz uma inquietação que nos convida a refletir:” Não sei...Se a vida é curta ou longa demais pra nós / Mas sei que nada do que vivemos tem sentido / Se não tocamos o coração das pessoas.”
Vivemos momentos em que não podemos mais adiar a troca de afetos, até parece que o nosso próprio coração encontra-se a quilômetros de distância de nós mesmos. E o coração do outro? Ah! Esse até parece ser inatingível. Não podemos mais deixar para amanhã gestos que podem afetar positivamente não só a nós mesmos como aos nossos próximos.
Em nossas instituições de ensino temos nos preocupado em ensinar sobre o órgão coração, sobre as suas funções, de acordo com a ciência, mas nos esquecemos de mostrar para o nosso aluno que desse órgão procedem as fontes da vida como bem afirmou o próprio Deus em Prov. 4:23. Falamos de guerras que aconteceram tão distantes no tempo e espaço e nos esquecemos de atentar para as guerras internas vividas por nossos alunos, queremos fazer conhecidos tantos vultos históricos e não proporcionamos a nossos alunos o conhecimento de si mesmos.
Acredito e aposto na educação de corpo inteiro, apesar de a escola ainda supervalorizar os aspectos cognitivos e deixar em segundo plano os aspectos afetivos. Práticas essas que têm reduzido o aluno a cérebros, esquecendo-se de que esse ser é constituído de corpo, alma e espírito. Henri Wallon, ainda no início do século passado já postulava a ideia de que a escola deve proporcionar uma formação integral. Seus pensamentos abalaram os fundamentos teóricos da época, e hoje ainda tem constituído um desafio para os educadores que ainda insistem na mera transmissão de conteúdos. Estes, são sem sombra de dúvida, importantes para conquistar um lugar na sociedade, para se pertencer, fazer parte, ter... E para se ser?
Investir nesse aspecto (afetivo) é favorecer as relações interpessoais e consequentemente, a construção de uma aprendizagem significativa, na certeza de que a semente encontrará um terreno fértil: o coração do educando. Então, já não há razão de priorizar a semeadura de conteúdos, sem antes preparar o terreno que irá recebê-los; negar essa realidade, é como trabalhar em corações áridos. Daí, a realidade que enfrentamos: pessoas cheias de conhecimentos, muitas especializações (não que essas sejam desnecessárias), mas com muitos problemas emocionais que o seu conhecimento acadêmico não dá conta de resolvê-los.
O sociólogo italiano Domenico de Mais, em seu livro O Ócio Criativo, declara que a escola deve formar para o amor e a beleza. O mesmo concebe a idéia de que é preciso educar não só para o trabalho, mas também para a vida.
"Se a escola forma só para o trabalho, que ocupa um décimo das nossas vidas, forma para a tristeza, porque o ser humano não vive só para o trabalho. Ele vive também para o estudo, para a aprendizagem, para as amizades, para o amor e para a beleza"
Vale a pena assistir ao vídeo em que o Bom Dia Brasil entrevista o escritor Domenico De masi.